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Obá é uma divindade originária do povo que habitava o território subsaariano, correspondente à região da Nigéria, Togo e Serra Leoa. Ela integra o panteão iorubá, uma rica tradição religiosa que engloba diversas divindades associadas a diferentes aspectos da natureza e da vida humana.

Seu nome deriva de um rio na Nigéria. Segundo a mitologia, é filha de Iemanjá, a rainha do mar, e de Oxalá, o criador. Foi a primeira esposa de Xangô, o senhor dos trovões.

A corajosa guerreira do panteão iorubá é amplamente reconhecida por sua força e destreza em combate, representada portando sempre um escudo e uma espada de bronze. Era temida por muitos Orixás masculinos, acumulando vitórias notáveis em suas batalhas contra outros deuses. Derrotou Exu, Oiá, Oxalá, Orumilá e Oxumarê, demonstrando sua supremacia e poder divino.

O culto à deusa, de origem subsaariana, chegou ao Brasil com a diáspora africana. Ao longo da nossa história, as religiões afro-brasileiras enfrentaram perseguições e marginalização devido ao preconceito e à intolerância religiosa.

No entanto, a resistência dessas religiões e de seus adeptos permitiu que suas tradições se mantivessem vivas e se expandissem. Neste sentido, no Brasil, Obá é sincretizada com Joana D'Arc, santa católica de caráter igualmente guerreiro e com traços masculinizados. Em algumas tradições, também é sincretizada com Santa Catarina de Siena.

Obá e Oxum

O mito envolvendo Obá e Oxum é uma das histórias mais conhecidas no panteão iorubá, que explora os sentimentos de amor, ciúme e traição entre essas duas deusas.

As duas Yabás compartilhavam o amor pelo mesmo Orixá, Xangô, o senhor dos raios e trovões.

Obá sempre tentava copiar as receitas que Oxum preparava para o deus. Furiosa com essa intromissão, a deusa da beleza decidiu armar uma arapuca para sua rival.

Oxum chamou a deusa guerreira para acompanhar a preparação de um prato que, segundo ela, era o favorito do senhor dos raios. Ao chegar na cozinha, a deusa das águas turbulentas constatou que a rival usava um lenço amarrado à cabeça, escondendo suas orelhas. Enquanto preparava uma sopa para o amado, Oxum disse que os cogumelos do caldo eram suas orelhas.

O senhor dos trovões tomou a sopa com muito gosto. A deusa guerreira, então, resolveu repetir a receita, cortando suas orelhas, o que causou repulsa ao deus. Oxum, então, retirou o lenço, revelando suas orelhas intactas.

Furiosa com a armadilha, Obá travou uma luta com Oxum. O deus, enraivecido, invocou seus raios. Com medo, as duas Yabás fugiram e transformaram-se em rios. O encontro desses rios, conhecido pelas águas agitadas, simboliza a briga entre as deusas pelo amor de Xangô.

Esse é o motivo pelo qual a deusa costuma ser representada usando turbante ou com as mãos cobrindo as orelhas.

Características de Obá

A Orixá Obá é associada à quarta-feira. Suas cores representativas são o marrom, vermelho e amarelo.

Seus símbolos sagrados incluem o Ofange (espada) e o Escudo de Cobre, além do Ofá (arco e flecha). A deusa é conectada às águas revoltas, incluindo as poderosas pororocas (fenômeno natural produzido pelo encontro das correntes fluviais com as oceânicas).

Seus domínios espirituais abrangem o amor e o sucesso profissional. É reverenciada com a saudação "Obà Xiré!" .

As oferendas e pratos (ebós) dedicados a essa Orixá incluem o acarajé de formato único, aberém, feijão fradinho e amalá (caruru de quiabos).

Segundo a tradição, os filhos de Obá são pessoas obstinadas e sinceras, podendo magoar os outros com sua franqueza. No entanto, são fiéis àqueles que amam, uma característica herdada de sua mãe Obá. São ciumentas e investem intensamente em suas carreiras profissionais.

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